quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Cibercultura - André Lemos

Comentários

A palestra enfatiza que o momento anterior a era digital, era caracterizado por uma cultura do ler. Era possível assistir programas, ler um jornal, ouvir o rádio ou também ouvir o professor. A cibercultura amplia essas possibilidades incluindo a capacidade de acessar novas fontes e o mais importante produzir conteúdos.
Cita três pontos importantes desse processo que são: a liberação da produção que amplia as falas diferentes da oficial, dos conteúdos produzidas em gráficas ou redes de comunicação. Podemos escrever e ser lido sem permissão. O segundo ponto é a ampliação do universo propiciado pelas redes sociais. Não só posso ser lido mas lido por um universo de pessoas que estejam conectadas. O terceiro é a reconfiguração obrigatória imposta pela quebra dos paradigmas anteriores. Continua a conhecida produção de massa, controlada, mas aparece o conceito de pós-massivo que é capacidade de conversar, de criar uma mão dupla entre o escritor e o leitor, sendo possível a alteração do conteúdo como resultado dessa interação.
A Imagem como Paradigma (Luiz Serpa) - Um comentário

É certo que a possibilidade de representar fenômenos físicos através de imagem vem permitindo um avanço considerável em várias áreas do conhecimento humano. Isso ninguém discute. O que relativizamos é a importância como gerador de paradigmas nessa situação tecnológica atual.
Desde as expressões rudimentares em cavernas do cotidiano através de desenhos, o homem percebeu que a imagem é um facilitador para a transmissão para outros, de fatos e sentimentos. A pintura, durante milhares de anos,  representou bem os vários momentos do desenvolvimento social e o que entendemos como homem e sua relação com o universo. Surge então a fotografia aprisionando o momento, tornando a realidade visível e indiscutível. Suas derivações como ultrassons, softwares gráficos e de representações, mostrou-se um caminho só de ida, ampliando significados e significantes, realmente possibilitando a expansão da capacidade humana de entender o espaço e o tempo que o rodeia.
Não menos importante é o desenvolvimento da linguagem. Essa, utilizando outras faixas de frequência identificadas por nossos sentidos, passa a ser um instrumento importantíssimo na trajetória de nossa civilização. Sua codificação em caracteres pictóricos permite a eternização de fatos, contratos sociais ou simplesmente o cotidiano. Sua democratização, que acontece com o desenvolvimento da imprensa, enfrenta novos desafios com o advento das redes sociais. Passamos todos de apenas consumidor para produtor da história, o que estou nesse momento fazendo.
Entendemos que o desenvolvimento tecnológico já disponível, amplia as capacidades humanas como um todo e como um todo deva ser estudado e compreendido, em suas possibilidades e limites.


terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Sobre a pesquisa nas escolas

A pesquisa que esta sendo executada pelas turmas de EDC287, ao nosso ver, além de poder indicar a realidade de nossas escolas públicas, vai nos disponibilizar informações valiosíssimas sobre como responder a pergunta do post anterior de como utilizar desses novos paradigmas tecnológicos e sociais, para melhoria de nossa sociedade.
A construção de um modelo social de intervenção planejado e solido na educação pública no Brasil precisa ser imediatamente implantado. Outros países como a  Noruega e Coreia do Sul, já fizeram sua revolução começando exatamente pela transformação da importância dada à formação escolar de suas crianças. Um investimento maciço em escolas, reformulação da grade curricular e treinamento de seus professores catapultaram essas sociedades em poucos anos de países pobres e inexpressivos a potências mundiais.
O projeto 287 continua de pé.
Sobre LÉVY, Pierre. Cibercultura.  Cap X e XI

Questões atuais precisam ser adicionadas às formuladas por Levy nesse texto. 

Será que o conteúdo dos milhares de terabytes gerado trazem informação ou desinformação?

Estatísticas revelam que 37% de todo contudo que circula na internet esta ligado a pornografia, uma outra parcela significativa esta vinculada as redes sociais com filmes e fotos de pouco ou quase nenhum interesse coletivo. Como identificar uma fonte segura de notícias e como identificar fidedignidade no que é disponibilizado? Vemos uma explosão das Fake news, muitas vezes com o intuito apenas de gerar lucros inapropriados e outras vezes para disseminar uma noticia com relevância politica. Recentemente uma dessas falava sobre o Humorista e Deputado Tiririca e sua motivação para sua renuncia. Nem foi uma renuncia nem os motivos tinham qualquer fundamento ou razoabilidade. Recebi pelo menos umas 10 vezes de grupos ou pessoas do meu relacionamento. A ansiedade de postar, de gerar conteúdo esta tão efervescente nas pessoas que elas replicam sem ao menos verificar sua fonte ou verdade contida no texto.

Devemos ter algum tipo de controle na WEB? A WEB nível 3 esta ai, o que fazer?

A democratização na produção de conteúdos, gera como consequência a desregulação. Desejada, fica difícil defender seu controle governamental ou de agências privadas independentes. 
Vimos recentemente o FBI impondo, sobre o pretexto de segurança nacional, a identificação de usuários em redes sociais. Aqui no Brasil, uma decisão judicial chegou a determinar a suspensão de um serviço (o whatsapp) que se negou a disponibilizar o conteúdo e usuários. 
Enquanto alguns expõem completamente sua vida particular sem critérios ou preocupações, outros, não adeptos ao grande big brother, são obrigados a disponibilizar informações pessoais para acessos virtuais mesmo que mínimos. Uma consulta sobre uma passagem aérea ou um modelo de um produto vai gerar uma quantidade constante e insistente de produtos e serviços de expositores pagantes aos serviços de internet. Mesmo um provedor pago (Terra como exemplo), impõe ao usuário  essa camada no ambiente virtual. Ou eu me calo ou estou fora, esta correto?

Como a educação pode se apropriar desses novos paradigmas sem comprometer ou invadir a privacidade do individuo ? 

Esse é e será o grande desafio dos próximos anos.

terça-feira, 21 de novembro de 2017



O que mais vejo e escuto é sobre direitos e igualdade, será que realmente é o que precisamos nesse momento em que se encontra a sociedade brasileira?
Comemoramos na última segunda (20), o dia da Consciência Negra, aniversário de morte Zumbi dos Palmares.
Criado em 2003, tornou-se lei em 2011.
Como aconteceu em 2017 ?
Vi na TV (outros milhões também), uma repórter entrevistando pessoas e realçando o FERIADO como um encontro de cores (das roupas) e sons. As frases ouvidas continha...m algumas vezes palavras de ordem, sobre a inserção do negro da sociedade e etc.
É isso mesmo? os NPP (é ... deveria virar sigla de tão repetido nos discursos politicamente corretos) vão sentir QUALQUER diferença no dia 21? Ou mais um dia de pão e circo?
Será que vejo uma fumaça de hipocrisia e passividade?
Um dos temas mais comentados hoje nos grupos sociais foi o futebol, se o Bahia pode chegar a Libertadores ou se o Vitória escapa do G4. Será que Neymar lembrou do 20 de novembro?
Enquanto isso, em outra galáxia, 500 mil em uma mala, deslocada de um RESTAURANTE até um taxi com o bagageiro aberto, na calada da noite, NÃO é prova de ilícito.
Um patrimônio de 30 milhões para um nordestino ex pobre ou 51 milhões em dinheiro em um apartamento e etc e etc e etc, continuam impunes. Será que eles lembram que existe o 20 de novembro?
Outro ensinamento político antigo: "... dividir e conquistar ..." , aplicado desde Alexandre da Macedônia, talvez precise ser revisto ou no mínimo discutido. Será que é só isso? Simples assim?
Esses e tantos outros "Dinheiros" podiam estar sendo investidos em políticas REAIS de inclusão social de grupos que não tem DEVERES com a sociedade, que não são a eles, permitidas possibilidades de aspirar uma ascensão na pirâmide social, a verdadeira IGUALDADE. A eles são dadas somente migalhas de auto afirmação circulares.
O tempo passa e o poder (o establishment) mantem-se intacto.

terça-feira, 7 de novembro de 2017

A Educação como instrumento de justiça social.


Nascemos e imediatamente ouvimos de todos os lados:

Você já fez o dever da escola?
Vá estudar menino, você quer ser alguma coisa na vida?

Crescemos um pouco e ouvimos quase em uníssono nas propagandas eleitorais:

"Nossa prioridade é saúde e EDUCAÇÃO"

E o que aconteceu e acontece no Brasil? O ensino público desabou, foi intencional? O que demandaria tamanha barbárie? Será que a violência é consequência da falta de educação formal?
Será que a desigualdade social também pode ser explicado pelo esfacelamento da capacidade da sociedade de educar institucionalmente nossos jovens?

Algumas outras perguntas devem anteceder a esse debate.

Perguntas que comumente não são feitas nem cogitadas, precisam ser discutidas:

A quem interessou esse processo? Quem lucrou com esse descaso? Quem usufrui do modelo que hoje esta vigente? E a melhor pergunta de todas: Já que eu não apareço nas respostas acima, o que eu estou FAZENDO realmente para mudar essa situação?

Vou continuar replicando frases corretas do lugar incorreto? Vou continuar a terceirizar as soluções nas mãos daqueles que exatamente aparecem nas respostas acima?

Para reflexão, copiado de um dicionário online:

establishment
ɪs'tæblɪʃmənt/
substantivo masculino
  1. 1.
    a ordem ideológica, econômica, política e legal que constitui uma sociedade ou um Estado.
    "o e. brasileiro"
  2. 2.
    a elite social, econômica e política de um país.☞ nas acp. 1 e 2, inicial por vezes maiúsc.
    "o e. no Brasil sempre apoia os políticos vitoriosos"