quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

A Imagem como Paradigma (Luiz Serpa) - Um comentário

É certo que a possibilidade de representar fenômenos físicos através de imagem vem permitindo um avanço considerável em várias áreas do conhecimento humano. Isso ninguém discute. O que relativizamos é a importância como gerador de paradigmas nessa situação tecnológica atual.
Desde as expressões rudimentares em cavernas do cotidiano através de desenhos, o homem percebeu que a imagem é um facilitador para a transmissão para outros, de fatos e sentimentos. A pintura, durante milhares de anos,  representou bem os vários momentos do desenvolvimento social e o que entendemos como homem e sua relação com o universo. Surge então a fotografia aprisionando o momento, tornando a realidade visível e indiscutível. Suas derivações como ultrassons, softwares gráficos e de representações, mostrou-se um caminho só de ida, ampliando significados e significantes, realmente possibilitando a expansão da capacidade humana de entender o espaço e o tempo que o rodeia.
Não menos importante é o desenvolvimento da linguagem. Essa, utilizando outras faixas de frequência identificadas por nossos sentidos, passa a ser um instrumento importantíssimo na trajetória de nossa civilização. Sua codificação em caracteres pictóricos permite a eternização de fatos, contratos sociais ou simplesmente o cotidiano. Sua democratização, que acontece com o desenvolvimento da imprensa, enfrenta novos desafios com o advento das redes sociais. Passamos todos de apenas consumidor para produtor da história, o que estou nesse momento fazendo.
Entendemos que o desenvolvimento tecnológico já disponível, amplia as capacidades humanas como um todo e como um todo deva ser estudado e compreendido, em suas possibilidades e limites.


Um comentário:

  1. Compreender as possibilidades e limites de cada meio, cada linguagem, cada tecnologia é fundamental para os processos educacionais, pois a partir deles estamos analisando o mundo.

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