terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Sobre LÉVY, Pierre. Cibercultura.  Cap X e XI

Questões atuais precisam ser adicionadas às formuladas por Levy nesse texto. 

Será que o conteúdo dos milhares de terabytes gerado trazem informação ou desinformação?

Estatísticas revelam que 37% de todo contudo que circula na internet esta ligado a pornografia, uma outra parcela significativa esta vinculada as redes sociais com filmes e fotos de pouco ou quase nenhum interesse coletivo. Como identificar uma fonte segura de notícias e como identificar fidedignidade no que é disponibilizado? Vemos uma explosão das Fake news, muitas vezes com o intuito apenas de gerar lucros inapropriados e outras vezes para disseminar uma noticia com relevância politica. Recentemente uma dessas falava sobre o Humorista e Deputado Tiririca e sua motivação para sua renuncia. Nem foi uma renuncia nem os motivos tinham qualquer fundamento ou razoabilidade. Recebi pelo menos umas 10 vezes de grupos ou pessoas do meu relacionamento. A ansiedade de postar, de gerar conteúdo esta tão efervescente nas pessoas que elas replicam sem ao menos verificar sua fonte ou verdade contida no texto.

Devemos ter algum tipo de controle na WEB? A WEB nível 3 esta ai, o que fazer?

A democratização na produção de conteúdos, gera como consequência a desregulação. Desejada, fica difícil defender seu controle governamental ou de agências privadas independentes. 
Vimos recentemente o FBI impondo, sobre o pretexto de segurança nacional, a identificação de usuários em redes sociais. Aqui no Brasil, uma decisão judicial chegou a determinar a suspensão de um serviço (o whatsapp) que se negou a disponibilizar o conteúdo e usuários. 
Enquanto alguns expõem completamente sua vida particular sem critérios ou preocupações, outros, não adeptos ao grande big brother, são obrigados a disponibilizar informações pessoais para acessos virtuais mesmo que mínimos. Uma consulta sobre uma passagem aérea ou um modelo de um produto vai gerar uma quantidade constante e insistente de produtos e serviços de expositores pagantes aos serviços de internet. Mesmo um provedor pago (Terra como exemplo), impõe ao usuário  essa camada no ambiente virtual. Ou eu me calo ou estou fora, esta correto?

Como a educação pode se apropriar desses novos paradigmas sem comprometer ou invadir a privacidade do individuo ? 

Esse é e será o grande desafio dos próximos anos.

Um comentário:

  1. Boa questão Paulo. Como a educação vai lidar com essa complexidade toda, quando nossos professores não estão tendo formação sobre o contexto, nem nos cursos de formação inicial nem continuada? Dai a responsabilidade da universidade, como agência formadora em todas as áreas, para preparar os indivíduos para a compreensão e a crítica dos processos sociais e tecnológicos.

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