Calma, já vou falar dos gregos.
Aristóteles falava do homem como um animal político (Zoôn politikón) por natureza. Essa necessidade de viver em sociedade, melhor dizendo, sobreviver em grupos, traz uma consequência imediata: a necessidade de acordos de convivência.
A linguagem, seja ela escrita ou falada, mostra-se como o instrumento fundamental para a sedimentação desses acordos. Desde a pré-história o homem arrisca contar suas estórias, as imagens rupestres datadas de mais de 30.000 anos, seguidas das tábuas tártaras e finalmente nossa escrita com contribuições gregas, contou com o desenvolvimento simultâneo da linguagem falada, ferramenta imprescidivel para os discursos.
Os movimentos humanos pela terra, permitiu a troca de experiências e novos termos foram criados para dar significado ao novo mundo, o mundo a caminho da globalização.
Esses instrumentos, antes controlados, dominados pelas grandes instituições privadas ou públicas enfrentam um novo paradigma: os blogs. Esse novo instrumento de socializar, consequência da tecnologia, põe em cheque os velhos conceitos, a produção de conteúdo esta definitivamente descentralizada. Não menos importante nesse novo acordo, a censura ao consumo de informação esta em realce, não se pode escolher o que o outro vai ler, vai consumir, a democratização de todas essas etapas quase em velocidade instantânea, impõe uma nova ordem.
Vejo de forma otimista esse momento, estamos lendo mais, escrevendo mais, trocando mais.
Se nos inspiramos no platonismo, o processo de diálogo aumentou, o debate entre interlocutores comprometidos com a busca da verdade passou a permitir várias verdades simultâneas. Se olhamos com simpatia para o aristotelismo, criamos, discutimos novas ideias prováveis, e a possibilidade de ser discutido em todos os níveis, de fato expandiu o discurso humano.
Estamos evoluindo.
Bacana a reflexão, mas outros ambientes, além dos blogs, permitem esse diálogo. São as possibilidades abertas pela web 2.0
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